domingo, 27 de abril de 2008

Resumo da história do CEJN

O Colégio Estadual Julião Nogueira, teve o seu início em 1931, por iniciativa de Benildes Gomes Manhães filha de um funcionário da Usina do Queimado. Era uma escolinha de aulas particulares dentro de sua própria casa na localidade da Fazenda do Saco.

Os irmãos Inácio e Julião Nogueira, donos da Usina do Queimado, ao visitar suas terras na Fazenda do Saco, ficaram sabendo da existência dessa escolinha, e muito entusiasmados com essa iniciativa pioneira em suas terras, resolveram passar esta escola para a responsabilidade da Usina. A professora Benildes passou a receber um salário da Usina por suas aulas e a escola recebeu todo o material necessário a uma escola, inclusive uniforme e ferramentas necessárias para as aulas de técnicas agrícola. Todos os filhos dos funcionários da Usina puderam estudar de graça, contribuindo assim para a extinção do analfabetismo nessa localidade.

Com o crescimento do número de alunos, foi preciso mais uma professora, então foi contratada a irmã de Benildes, Ermecy Gomes Juncá que ainda é viva e saudável ( 2008) e tem 95 anos. As memórias desta professora fundadora do colégio e o material por ela guardado e concedido à escola, nos possibilitou resgatar a história e organizar o memorial CEJN.

De 1931 até 1961 a Escola funcionou no porão do Casarão da Fazenda do Saco, ( construção do século XIX semelhante ao Solar dos Airizes). Hoje neste local funciona o Departamento de Estradas de Rodagem DNER na estrada do Contorno e o casarão foi demolido restando apenas as palmeiras imperiais que ficavam alinhadas ao longo da entrada de acesso ao casarão.

Nesse período, a escola recebeu o nome de Escola Amália Nogueira, em homenagem a mãe de Julião Nogueira. Patrocinadas pelos donos da Usina as duas professoras fizeram curso em São Paulo na Escola Adventista Agrícola trazendo para a Escola Amália Nogueira o que havia de mais moderno em agricultura.

Cada aluno, além de aprender a ler e escrever, aprendia técnicas agrícolas, praticando estas técnicas no cultivo de canteiros de verduras e hortaliças. O que colhiam levavam para suas casas, aliás esta era uma política da Usina em suas terras: os operários recebiam moradias amplas e arejadas com terrenos na frente para o cultivo de flores e terreno nos fundos para pomar e horta, dando condições de se auto-sustentarem.

Com a colheita dos legumes e hortaliças a Escola fazia uma suculenta sopa que era servida aos alunos.

Em 12 de outubro de 1943 foi inaugurado na escola um Parquinho, que contou com a visita do prefeito da época Salo Brand e sua esposa Bluma Brand, o Dr. Mário Ferraz Sampaio, da Rádio Cultura de Campos e representante da A. I. C. ( Associação de Imprensa Campista) e muitas outras autoridades, tendo este acontecimento registrado em fotos e recorte de jornal.

A Usina do Queimado, até 1961, manteve a Escola Amália Nogueira onde estudavam os filhos dos seus empregados. Em 1962, essa unidade escolar passou para a responsabilidade do Estado com o nome de Escola Isolada “Julião Nogueira”, que passou a funcionar no prédio onde foi a residência de Julião Nogueira na Av. Nilo Peçanha, 330 a qual foi cedida ao Estado do Rio de Janeiro até que este construísse o prédio próprio para a sede da referida unidade de ensino.

Após pertencer ao Estado foi nomeada uma diretora Dulce Codeço Guimarães e as professoras Benildes e Ermecy ainda continuaram como auxiliares, substituindo professores em suas faltas até completar o tempo de aposentadoria, sendo ainda mantidas pela Usina do Queimado.

Ainda em 1962 esta unidade escolar foi elevada á Escola Reunida passando em seguida a Grupo Escolar já no final de 1962, com ensino de 1ª a 5ª série e ainda uma classe de Jardim de Infância.

A segunda Diretora, professora Darcy Moreira Gomes, dirigiu este estabelecimento de ensino até o ano de 1965, quando então foi substituída pela professora Marilda Vieira de Azevedo que ao se transferir em abril de 1971 para o Instituto de Educação de Campos indicou para responder pela direção da E. E. Julião Nogueira a sua então Auxiliar de Direção, a professora Celina Vasconcelos Corrêa.

Como o prédio dessa Escola foi cedido temporariamente, a Usina do Queimado passou a querer reaver o seu patrimônio, o que levou a Diretora a lutar por todos os meios para conseguir prédio próprio para funcionar a Escola. Assim, em janeiro de 1979 iniciou-se a construção, em área reservada para escola no loteamento do BNH no Parque Santo Amaro, inaugurado em maio de 1980, quando passou a referida unidade escolar a funcionar em seu prédio próprio.

Mas, com apenas seis salas de aula, não podia atender satisfatoriamente a grande quantidade de alunos que estava sendo matriculados, e ainda mais ao Pré-Escolar, já em processo de criação. Então a Diretora mais uma vez se empenhou no sentido de conseguir ampliação da escola e, em janeiro de 1982, as obras foram iniciadas, e em agosto do mesmo ano inauguradas pelo então Governador do RJ Dr. Chagas Freitas..

Atualmente o Colégio tem 20 salas de aula, uma de Coordenação Pedagógica, uma para professor, um gabinete de direção, uma para Departamento Pessoal, 1 Secretaria, 1 sala de Brinquedoteca, 1 laboratório de informática, 1 biblioteca, 1 laboratório de ciências, 1 quadra de esportes, 1 pátio coberto e uma de multimídia. Possui 24 turmas de Ensino Regular e 10 turmas de EJA ( Educação de Jovens e Adultos).